quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O recadastramento paulista


O Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP) abre no dia 1º de outubro a campanha de recadastramento nacional do profissional do setor com registro ativo no CRC de seu registro originário, transferido ou provisório. A exigência tem por finalidade atualizar os dados existentes, mantendo-se os números de registros e a jurisdição de cada Conselho Regional. O período para a atualização dos dados cadastrais vai até 31 de dezembro de 2012.
 O recadastramento este ano será feito por etapas, tendo cada CRC estabelecido a sua própria escala. Uma senha exclusiva será enviada ao profissional, para este ter acesso ao endereço eletrônico constante no cadastro do seu respectivo Conselho; assim, ele terá acesso ao programa informatizado e a realização do recadastramento.
 Nos casos em que for exigida a comprovação de autenticidade da informação prestada, o profissional da contabilidade deverá apresentar a documentação na sede do CRC ou em suas delegacias regionais durante o período da campanha. A apresentação poderá ser feita de forma pessoal ou mediante remessa da documentação autenticada em cartório, por correios ou através de meio eletrônico.
 Luiz Fernando Nóbrega, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, ressaltou: "O recadastramento é obrigatório para todos os profissionais da área, é dessa forma que mantemos atualizada nossa base de dados e podemos ter um controle de todos os profissionais cadastrados. Dos 30 mil candidatos inscritos, 47% são bacharéis, 35% são técnicos de contabilidade. Dessa forma, também conseguimos saber o que cada um está fazendo, e com isso em mãos nós podemos proteger e gerar segurança ao Conselho, à sociedade e aos profissionais do segmento. Aquele que não efetivar o recadastramento e não apresentar a documentação exigida será considerado em situação pendente no seu respectivo Conselho Regional", informa o presidente da entidade.
 Exame
 Em 2010 foi sancionada a Lei Complementar 12.249, que instituiu a obrigatoriedade do Exame de Suficiência na área contábil. O exame realizado em todos os estados do País destina-se a bacharéis em Ciências Contábeis e a Técnicos em Contabilidade. A aprovação é pré-requisito para fazer o registro no CRC e para atuar legalmente na profissão de contador. "A prova visa a garantir que os profissionais contábeis que estão entrando ou voltando ao mercado de trabalho tenham real conhecimento do conteúdo programático ensinado na graduação e nos cursos técnicos de todo o Brasil", afirma Nóbrega.
 A Lei 12.249 trouxe para cada Conselho conquistas e estruturações, como maior rigor e fiscalização na aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
 "É necessário que os contabilistas estejam sempre atualizados sobre as normas contábeis, porque o conhecimento sobre a legislação é essencial hoje em dia. Sabemos que não é um hábito, é um processo a ser efetuado, ainda mais que nós carecemos de legislações complementares e pronunciamentos dos órgãos normativos para elucidar alguns pontos sobre as normas", disse Nóbrega.
 Mão de obra
 Segundo o presidente do CRC SP, a dificuldade de contratação de mão de obra qualificada, que já atinge diversos setores no Brasil, começa a alcançar os sistemas de fusão e aquisição. Dentro desse cenário, um profissional que passou a ser muito procurado é o do setor contábil, pois possui conhecimento da legislação, sendo essencial para esse segmento. Além disso, faz o levantamento de contas e faz toda parte de acompanhamento até a fase de implantação", enfatizou.
 O apagão de mão de obra qualificada é uma realidade instalada hoje no País, em consequência da falta de estrutura na educação brasileira. Só a educação de qualidade pode resolver essa questão a médio e longo prazo. "Vivemos em um tempo em que não são os trabalhadores que migram em busca dos melhores empregos, são os empregos que procuram desesperadamente os profissionais mais capacitados e treinados. Para agravar, a solução demanda tempo e exigirá políticas estruturais de nosso governo", diz Nóbrega.
 O grande desafio é capacitar o profissional de modo a que ele possa atender pequenas empresas, prestando uma consultoria, ou atender a uma companhia de porte maior.
Fonte: DCI - SP

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