Depois das comemorações e dos
gastos de final de ano, chegou a hora de começar 2013 com as contas em dia. Com
os tributos bem conhecidos e que começam a ser pagos em janeiro, o momento é de
pensar na melhor estratégia para liquidar (ou parcelar) esta avalanche de
despesas como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cartões de crédito e material
escolar das crianças. A FOLHA consultou economistas que apresentam dicas de
como escapar "ileso" deste momento. Na opinião dos especialistas, nem
sempre quitar os impostos à vista é a melhor arma. A prioridade ainda é fechar
as contas que ficaram para trás. O
Economista da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Adilson Volpi, salienta
que se o consumidor está com alguma pendência atrasada que esteja acumulando
juros – leia-se cartões e cheque especial – é interessante procurar as
instituições financeiras para liquidar estas contas antes de pensar em pagar os
novos impostos. "Cheque especial e cartão de crédito são os cupins do
Orçamento familiar. Antes de avaliar como serão pagos estes impostos do começo
do ano, é bom finalizar as dívidas mais antigas." A conta é simples: os descontos oferecidos
para quitar o IPTU ou o IPVA à vista serão sempre mais baixos do que o
percentual dos juros dos cartões ou cheque especial. Neste caso, portanto, opte
pelo parcelamento, sem claro, esquecer dos outros gastos inevitáveis do mês.
"A pessoa precisa avaliar suas despesas mensais, ver quanto irá sobrar, e
quanto vai poder pagar por mês. Se não tiver pendências atrasadas, aí sim, opte
por pagar os impostos à vista, já que em certos casos o Desconto é
interessante", compara Volpi. No
caso do pagamento do IPVA à vista, tirar dinheiro da Poupança ou aplicações com
Renda Fixa é interessante, já que o Desconto normalmente é maior que os
rendimentos nestas aplicações. Já o IPTU, é recomendável não atrasar o
pagamento pois as multas geralmente são altas, podendo chegar a 20% do valor
mais os juros que variam entre 1% e 2% ao mês, de acordo com a Associação
Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
"É preciso ser muito tranquilo para manter as contas controladas ao longo
do primeiro semestre. Além disso, não podemos esquecer, por exemplo, do seguro
do carro e do material escolar dos filhos", salienta o Economista da
UFPR. Para o Economista da
Universidade Estadual de Maringá (UEM), Antonio Zotarelli, três palavras regem
este momento: controle, disciplina e planejamento. "Apesar de parecer
simples, muitas vezes gastamos além dos nossos limites e já entramos no novo
ano com problemas para quitar estes impostos que surgem. Na verdade, estamos
comprometendo nossa renda futura e nos enrolando desde janeiro", relata
ele. Para o material escolar, além dos
descontos à vista, os consumidores não podem deixar de realizar a pesquisa de
preços. "O consumidor, claro, tem que ir atrás dos descontos em todos os
casos, mas sem deixar de avaliar as contas que podem ter ficado para
trás".
Fonte: Folha de S.Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário